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NOSSA CLASSIFICAÇÃO

Mendoza - Parte II, ainda melhor!

  • Moskicho
  • 29 de jul. de 2018
  • 3 min de leitura

Dando continuidade ao primeiro post de Mendoza, vamos falar um pouco do Valle do Uco, uma das maiores áreas da região e que abriga grande vinícolas, com ótimos vinhos e com restaurantes em uma boa parte delas.

Partindo sempre do centro de Mendoza, em 40 minutos, nosso motorista já anunciou nossa chegada na primeira vinícola do dia : Bodegas Salentein.

Uma das minhas prediletas, diria que não só pelo vinho, mas por todos os detalhes que envolvem a vinícola, passando pela arquitetura, pela modernidade, o serviço até chegar aos vinhos.

Para ter acesso na parte onde se faz a degustação é preciso caminhar por uma grande rua de cascalho, no meio do parreiral, vendo ao fundo uma grande construção que abriga a lojinha, onde se faz a degustação.

No andar inferior, tipo porão, estão as barricas de carvalho francês e americanos, cuidadosamente colocadas nas laterais do espaço. Ao centro, por cima de uma enorme rosa dos ventos ao chão, está um piano de cauda devidamente iluminado.

Neste lugar são realizados grandes eventos, inclusive concertos.

A degustação é também de alto nível. A que escolhi tinha os ótimos rótulos, Numina Grand Cort 2013, um blend de 5 castas diferentes,Primus Malbec 2014 e o Single Vineyard Malbec 2012.

No Brasil, podemos encontrar os vinhos desta vinícola na importadora Zahil , www.zahil.com.br, e com alguma frequência em restaurantes, onde o mais comum, é encontrarmos o vinho de entrada da vinícola, o Portilho, geralmente Malbec.

Se não estou enganado, o vinho produzido especialmente para a cadeia de restaurantes Outback no Brasil, o Barrel Selection Cabernet Sauvignon, também é da Salentein.

Saindo da Saleintein, chegamos a Bodega Ruca Malen, onde tínhamos almoço marcado. Na Ruca Malen, a degustação veio junto ao almoço, que nos disseram ser um dos melhores da região.

Não é para menos, a vista do restaurante é indescritível, de frente ao vinhedo e ao fundo, a cordilheira dos andes, em um visual para lá de inspirador, talvez o mais bonito de toda região. A comida também não deixou a desejar, sempre harmonizada com os vinhos. Por falar neles, lá provei os seguintes :Ruca Malen Reserva Malbec 2013 e o Kinien de Don Raúl 2014, ótimos vinhos, mas nada imperdível.

A última bodega do dia foi a Luigi Bosca, bem famosa no Brasil, uma vez que a maioria dos seus vinhos são bem difundidos por aqui pela sua importadora oficial, a Decanter.

Para minha surpresa, a dita família Luigi Bosca, não tem nada haver com a ascensão dos negócios há anos.

Os atuais proprietários, família Arizú, era uma produtora de vinhos populares na região e que no passado, comprou do então proprietário, Sr. Luigi Bosca, uma bodega que fabricava excelentes vinhos. Como receio de trocar o nome do vinho, uma vez que Arizú representava vinhos populares, a família resolveu manter o nome de Luigi Bosca nos produtos, o que lhes assegurava sinônimo de qualidade. Resultado, a Bodega cresceu muito e o nome continuou. E me disseram, que a família de Luigi Bosca, voltou a Itália e provavelmente nem sabe da existência do vinho atualmente, coisas do mercado.

Gosto muito dos vinhos desta vinícola, mas a bodega em sí, não achei tão interessante. Com uma arquitetura pouco moderna e uma estrutura envelhecida, oferece uma degustação básica de três vinhos que já conhecia - Luigi Bosca Malbec D.O.C. , Luigi Bosca Gala 1, e Luigi Bosca Finca Los Nobles Malbec/Petit Verdot.

Os três vinhos são excelentes, mas queria mesmo provar o Icono, que é o Top de linha da vinícola e que no Brasil está acima de R$ 800,00 a garrafa, no entanto, não havia degustação deste vinho, enfim …

Para fechar o dia, fomos jantar no excepcional restaurante 1884, do premiadíssimo chef Francis Mallmann, o senhor das carnes argentinas.

O restaurante fica em uma propriedade Bodega Escorihuela, na cidade de Mendoza, e já foi o 7o melhor restaurante do mundo. O nome 1884, aliás, se refere à data de construção da bodega. Você precisa ter reserva e terá aqui uma experiencia sem precedentes, com uma excepcional carta de vinhos. Prepare o bolso, e a alma, será sem dúvida uma grande noite. Dica de entrada, Lagostin em cama de batatas e bacon, imperdível. Vinho da noite, Escorihuela Gascon Pequeñas Producciones Cabernet Franc 2015, vendido no Brasil pela Grand Cru.

É um vinho para noites como esta, intenso, sabor marcante, muito macio e com grande harmonização com as belíssimas carnes de los hermanos.

Este roteiro, intenso para um dia, é uma overdose de grandes vinhos e uma pedida sem igual para se conhecer algumas das principais vinícolas da região.

Santé !!

Comentários


Como bom Mineiro de Belo Horizonte, criei uma classificação da terra e que espero que gostem

NUUUUUU !

NOO !

BÃO UAI

POIS É

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