Mendoza - Parte I

Não há palavras para descrever Mendoza, para quem gosta realmente do mundo do vinho, é imperdível. A cidade está para os Wine Lovers como Orlando está para as crianças e adolescentes.

Estive lá visitando cerca de 15 vinícolas e todas as que fui, encontrei um nível de serviço e hospitalidade muito bom, fui recebido sempre com muito profissionalismo.

Se voce está pensando em fazer esta viagem, faça antes um planejamento, pois o número de vinícolas da região, com certeza ultrapassa umas 500, e se você não se organizar, pode deixar para trás algumas de imenso valor.

São três as maiores regiões produtoras de vinho: Maipu, a menor , mas imperdível (20 minutos ao sudoeste da cidade); Vale do Uco (75 minutos ao sul da cidade). e Luján de Cuyo (40 minutos ao sul da cidade).

Almoço na Rucca Malen (Luján de Cuyo) : Vista dos andes, imperdível

Quando ir : Aqui as opções são grandes. A Época mais movimentada do ano é de Fevereiro a Abril, na festa da Vendemia, onde se tem a colheita das uvas e você poderá ver todo o processo produtivo, além de ver as videiras carregadas e provar as uvas direto no campo. No entanto, com certeza será muito mais caro, degustações mais demorados e almoço em vinícola com mais fila.

Eu estive em Maio, a colheita já estava muito no final, mas foi bem mais em conta, além de estar muito mais vazio, o que proporciona uma experiência sem stress.

Para ficar : Há um vasto número de hotéis (inclusive em vinícolas), hostels, pousadas e claro, tudo depende do seu bolso. O hotel que indico é o Park Hyatt Mendoza, que está no centro da cidade, o que torna todo o deslocamento das regiões dos vinhos mais fácil, além de você poder contar com vários e excelentes restaurantes por perto para seu jantar. Há algumas lojas de vinhos nos quarteirões próximos, onde você poderá completar os vinhos que não adquiriu nas vinícolas (as diferenças de preço são pequenas). O Hotel tem ótima infra-estrutura e para quem gosta, conta inclusive com um cassino.

Como se locomover em Mendoza : Você tem a opção de alugar um carro e fazer seus passeios por conta própria, organizando a agenda da visita nas vinícolas pessoalmente, mas sinceramente, não acho uma boa idéia. A melhor opção são os Remis, que atuam com carros executivos, normalmente diárias que vão de 150 a 250 dólares para quatro pessoas. Este pessoal chega com grande facilidade às vinícolas (coisa que o GPS, normalmente não faz com eficiência, pois muitas estradas são de terra para as vinícolas), acerta seus horários de visita, tem entrada facilitada na maioria dos lugares e claro, te deixa a vontade para beber e não dirigir. Na internet tem várias opções muito boas.

Onde ir : Nesta parte I, vou falar primeiro da região do Maipu, que sinceramente, apesar de pequena foi uma das que mais gostei.

Aqui visitei as seguintes vinícolas : Zuccardi , Trapiche , Carinae.

As três são completamente diferentes, o que por si só, já vale a escolha.

Na Zuccardi, apesar de ser bem profissionalizada, é possível sentir a forte presença da tradição e da família que dirige os negócios. Além da degustação, tradicional em cada vinícola, aqui vale também o almoço. A Casa del Visitante é um espetáculo a parte, não deixe de almoçar por lá.

A Trapiche está entre as maiores vinícolas do Maipú, todo o edifício da visita é muito bonito e dele, no segundo andar, pode-se ver através do vidro o andar de baixo, além das varandas onde se pode contemplar as oliveiras, bem como uma antiga estação de ferro, usada para dar vazão a produção no passado.

A CarinaE vale a pena pela personalização. A vinícola boutique é do casal Brigitte e Philippe Subra, um casal de franceses aposentados que transformou em realidade o sonho de ter uma vinícola. Toda a visita é acompanhada pelos proprietário e Brigitte é uma simpatia. Não espere grandes estruturas, mas o vinho vale muito a pena.

Segue um pouco dos vinhos que tomei por lá:

Todos são excelentes, mas se tivesse que escolher um hoje ficaria com o da dona Brigitte, CarinaE.

Vamos todos a Mendoza, em breve Vale do Uco e Lujan de Cuyo.

Santé !