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NOSSA CLASSIFICAÇÃO

Vinhos do Porto

  • Moskicho
  • 15 de nov. de 2017
  • 3 min de leitura

Hoje vou escrever um pouco sobre os vinhos fortificados. Longe, e bem longe de entender bem deste tipo de vinho, vou me atrever a contar um pouco do que aprendi na recente viagem a cidade do Porto, em que tive a oportunidade de conhecer um pouco mais sobre este tipo de vinho.

Na verdade, além da cidade do Porto, pude conhecer também a região da cidade de Régua e Pinhão, no vale do rio Douro, distante cerca de 120km do Porto.

A região das melhores vinícolas do norte de Portugal é maravilhosa. Uma estradinha acompanha as margens do rio e as montanhas (dos dois lados o relevo é bem acidentado ) onde estão os terroir com as vinhas que formam uma cenário dos mais bonitos que ja presenciei. Neste vale, se produz tanto vinhos fortificados como os grandes tintos, rosés e brancos do Douro.

Estive visitando a vinícola Sandeman, que neste local, produz apenas vinhos do Porto. A vinícola é apenas uma parte de um dos maiores grupos de produção de vinho de Portugal, a SOGRAPE, que inclusive é proprietária de vinhos produzidos pela Casa Ferreira (leia-se Barca Velha) , Herdade do Peso e Crhyseia.

Lá pude degustar 5 tipos de vinhos fortificados : - Ruby, Tawny 20 anos, LBV, Vintage Port e Branco.

Basicamente, pelo que pude entender, a diferença está entre o processo de envelhecimento , castas e safras. Para simplificar e ser menos tecnico:

O Ruby é um vinho mais jovem, menos estruturado por conta do baixo contato com a madeira e que, geralmente, envelhece em Balseiros que são as grandes pipas de madeira, com capacidade para 30 mil litros.

É um vinho para ser aberto e consumido em 3 semanas. Fazendo uma comparação rápida, seria nosso vinho do dia a dia.

Ele é bem consumido em Portugal, tanto antes das refeições, como digestivo.

Já o Tawny, é um pouco mais estruturado, complexo, sabores mais maduros, e tem seu maior consumo nas melhores ocasiões, geralmente como digestivo. Este tipo de vinho é envelhecido primeiro em toneis de 550 litros, por 2 ou 3 anos, e então, passam para os balseiros. O Tawny, geralmente são produzidos em três categorias, Tawny, Tawny Reserva e Tawny de 10 a 40 anos.

O LBV é o vinho do porto elaborado apenas de uma safra, com um processo de envelhecimento diferente dos demais, uma vez que envelhecem nos balseiros de 4 a 6 anos, e que depois de engarrafados continuam sua evolução na garrafa, o que vale dizer que as mesmas precisam estar guardadas deitadas . Outra diferença é a rolha, que funciona como nos vinhos, sem ser aquela famosa rosca dos vinhos do Porto.

O processo de envelhecimento em madeira dos vinhos do Porto, são um pouco diferente dos vinhos convencionais, não necessitando muitas vezes de barris de carvalho novos ou seminovos.

Aliás, os barris são muitas vezes aproveitados dos que são usados pelo vinho convencional e são utilizados por anos .

O Vintage, para mim, é o supra sumo. São elaborados com as melhores safras de Portugal e, portando, com sabores e aromas únicos.

Ao contrário do LBV, eles tem grande potencial de guarda e evolução nas garrafas, o seu consumo só é recomendado após dois ou três anos.

Veja esta foto da reserva da família, na Sandeman, de mais de 100 anos.

As duas últimas safras Vintage de Portugal foram 2007 e 2011.

Como dica para a refeição, segue onde pude fazer um excelente almoço na região, com vista para o Douro,.

O restaurante Vintage House (guia estrela Michelin), na cidade de Pinhão. No restaurante, além da ótima comida, pude degustar o excelente vinho tinto Dialago 2013 (classificação Noo !!), da Niepoort e vendido no Brasil pela Mistral.

Restaurante Vintage House (Pinhão)

De volta a cidade do Porto, atravessamos a ponte na direção de Vila de Gaia, onde estão os principais armazéns de estocagem e envelhecimento do vinho do porto, e com eles, vários tours e muita historia para contar.

Lá, indico o Tour da Cockburns e o restaurante Vinum (guia estrela Michelin), da vinícola Graham’s. A vista do Cais da Ribeira é sensacional.

No Vinum além das carnes, recomendo a Alheira (fora da curva). Vinho da noite, Prazo de Roriz Tinto 2015, classificação Bão Uai.

Santé !

 
 
 

Comments


Como bom Mineiro de Belo Horizonte, criei uma classificação da terra e que espero que gostem

NUUUUUU !

NOO !

BÃO UAI

POIS É

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